Dr. Luís Augusto Arana é médico formado pela Faculdade Evangélica do Paraná, possuí especialização em Retina e Vítreo pelo Doheny Eye Institue-CA, especialização em Retina pelo Hospital de Olhos do Paraná, Especialização em retina pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, HUEC, Brasil, Mestrado e Doutorado em Medicina (Clínica Cirúrgica) (Conceito CAPES 4) pela Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.

Preceptor da residência de oftalmologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba desde 2010
2017 - Doutor em oftalmologia pela Universidade Federal do Paraná;
2012 - Mestre em Oftalmoloiga pela Universidade Federal do Paraná;
2010 - Fellow de retina e vítreo pela University of Southern California, USC, Estados Unidos;
2008 - Oftalmologia, Conselho Regional de Medicina;
  1. Neovascularização de Coróide Idiopática. Atlas de Doenças da Mácula. Elsevier, 2015
  2. Vasculite Retiniana.Retina Clínica Texto & Atlas. Cultura Médica, 2016.
  3. Vitreorretibnopatia Exsudativa Familiar. Retina Clínica Texto & Atlas. Cultura Médica, 2016.
  1. Sutura removível na vitrectomia 23 gauge. Congresso Sul Brasileiro de Oftalmologia 2017.
  2. Fosseta de papila associada a descolamento seroso de retina. Congresso Brasileiro de Retina e Vítreo 2016.
  3. Miopia Induzida por droga. Congresso Sul Brasileiro de Oftalmologia 2015.
  4. Antiangiogênicos-Quando indicar?.. Congresso da Associação paranaense de oftalmologia 2015.
  5. Antiangiogênicos: uso ‘off label’. Congresso Brasileiro de Oftalmologia. 2015
  6. Avastin como e quando injetar e reinjetar. Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2014
  7. Tratamento farmacológico nas altas miopias, estrias angioides, etc. Simpósio Bayer de Oftalmologia 2015.
  8. Caso Clínico IRVAN. Congresso Paranaense de oftalmologia 2014.
  9. Retinopatia diabética diagnóstico e classificação. Congresso Paranaense de Oftalmologia 2014.
  10. Principios Básicos de Ecografia e OCT. Congresso Paranaense de Oftalmologia 2013.
  11. Rotura do EPR. Congresso Paranaense de Oftalmologia 2012.
  12. Caso clínico. Congresso Paranaense de Oftalmologia 2011.
  13. HIFU in cataract treatment. ARVO 2010
  14. Four cases resembling fleck retina of Kandori in a Brazilian family. Menotring in Ophthalmology. Retina Fellow’s meeting 2009.
  15. Vasculite oclusiva retiniana periférica associada ao lupus eritematoso sistêmico. International Congress of Ophthalmology 2006.
  16. Avaliação angiográfica da escavação glaucomatosa do disco óptico no glaucoma crônico. International Congress of Ophthalmology 2006.
  17. Didoni, M. ; Stieven, L. . Síndrome de Fraser. International Congress of Ophthalmology 2006.
  18. Glaucoma neovascular associado a melanoma de coroide. International Congress of Ophthalmology 2006.
  19. Fleck retina of kandori International Congress of Ophthalmology. 2006.
  20. Paralisia adquirida completa do III PAR. Simpósio da Associação Paranaense de Oftalmologia 2006.
  21. Síndrome das múltiplas manchas brancas evanescentes associada a neovascularização de coróide. Simpósio da Associação Paranaense de Oftalmologia 2006.
  22. Desempenho dos testes oculares para o olho seco em portadores de Síndrome de Sjögren secundária a artrite reumatóide e lupus eritematoso sistêmico e lupus eritematoso sistêmico. Congresso Brasileiro de Oftalmologia. 2005.
  23. Glaucoma neovascular secundário a melanoma de coróide. 2 Congresso Brasileiro de Oftalmologia. 2005.
  24. Correlação entre sinais objetivos e sintomas oculares para o diagnóstico da síndrome seca em pacientes com Les e artrite reumatóide. Simpósio de Reumato-Oftalmologia do Paraná 2003.
  25. Correlação entre sinais objetivos e sintomas oculares para o diagnóstico da síndrome seca em pacientes com LES e AR – epidemiologia clínica e em saúde coletiva. XVII Conclave Científico de Acadêmicos de Medicina – CONCIAM 2003.
  26. Alterações oftalmológicas do lúpus eritematoso sistêmico – epidemiologia clínica e em saúde coletiva. Simpósio da Associação Paranaense de Oftalmologia 2003.
  27. Fleck retina de Kandori. XV Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 2002.
  28. Neovascularização sub-retiniana associada à síndrome das múltiplas manchas brancas evanescentes. XV Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 2002.
  29. Análise do grau de conscientização da retinopatia diabética em pacientes diabéticos. Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 2002.
  30. Análise do grau de conscientização da retinopatia diabética em pacientes diabéticos. Conclave Científico de Acadêmicos de Medicina – CONCIAM 2001.

2009 – 2009: Mentoring in Ophthalmology-vitreoretinal practice. Annenberg Center For Health Sciences, ACHS, Estados Unidos.
2009 – 2009: Retinopatia Diabética. (Carga horária: 10h). University of Southern California, USC, Estados Unidos.
2009 – 2009: Glaucoma Fellows Program and Wet Lab. Continuing Professional Education, CPE, Estados Unidos.
2009 – 2009: Degeneração Macular Relacionada a Idade. University of Southern California, USC, Estados Unidos.
2009 – 2009: Laboratory Safety Course. University of Southern California, USC, Estados Unidos.
2009 – 2009: Fellows Program for Vitreoretinal. Continuing Professional Education, CPE, Estados Unidos.
2008 – 2008: Vitrectomia – cirurgia ao vivo e discussão de caso. (Carga horária: 6h). Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, HOSAG, Brasil.
2008 – 2008: Angiografia retiniana digital. (Carga horária: 3h). Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, HOSAG, Brasil.
2006 – 2006: Extensão universitária em Transferência de Habilidades em Facoemulsificação. (Carga horária: 16h). Hospital Sírio-Libanês, SIRIO-LIBANÊS, Brasil.
2006 – 2006: Ecografia. Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
2004 – 2004: Extensão universitária em Reanimação neonatal. (Carga horária: 8h). Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, HUEC, Brasil.
2004 – 2004: Curso de Fundo de olho e exames complementares do. Associação Panamericana de Oftalmologia, APO, Brasil.
2003 – 2003: Doenças externas. (Carga horária: 8h). Associação Paranaense de Oftalmologia, APO, Brasil.
2003 – 2003: Curso prático para jovens oftalmologistas. (Carga horária: 12h). Sociedade Brasileira de Córnea, Lentes de contato e refratometria, SBCLCR, Brasil.
2002 – 2002: Extensão universitária em Anatomia ocular. (Carga horária: 16h). Universidade Estadual de Londrina, UEL, Brasil.
2002 – 2002: Curso de Oratória. (Carga horária: 14h). Liceu de Artes Marina Machado, LAMM, Brasil.
2002 – 2002: O exame de fundo de olho (Fundoscopia) para o clín. (Carga horária: 4h). Sociedade Brasileira de Clínica Médica, SBCM/PR, Brasil.
2002 – 2002: Curso básico de Oftalmologia do Paraná. (Carga horária: 75h). Conselho Brasileiro de Oftalmolgia,, CBO, Brasil.
2001 – 2001: O Médico e a sua clínica. Associação Paranaense de Oftalmologia, APO, Brasil.
2000 – 2000: Extensão universitária em Curso Princípios da citopatologia aplicados a prev. (Carga horária: 8h). Faculdade Evangélica do Paraná, FEPAR, Brasil.

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ARANA, L. A.; Bolzani, C. B. ; Magro, C. E. ; Pelegrini, A. C. ; Silva, M. B. G. ; Skare, T. L. ; Souza, R. C. de ; Zapparoli, M. . Alterações oftalmológicas em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Revista da Medicina, Curitiba, p. 14, 01 out. 2003.

Pelegrini, A. C. ; Bolzani, C. B. ; Zapparoli, M. ; ARANA, L. A. ; Skare, T. L. . Prevalência de abortamento na população lúpica e sua correlação com anticorpos anticardiolipina, anti RO e anti LA. Revista da Medicina, Curitiba, p. 10, 01 out. 2003.

ARANA, L. A.; Rafael Ferré ; John Proschinaw ; Daniel Wasilewski . Degeneração esferoidal. Universo Visual.

PATENTES

ARANA, L. A.; Prashant Bhadri ; Teixeira A ; Mark Humayun . High Intensity Focused Ultrasound (HIFU) for Extra and Intra Ocular Structures. 2009, Estados Unidos.

Patente: Patente no Exterior. Número do registro: US # 61/170,532, título: “High Intensity Focused Ultrasound (HIFU) for Extra and Intra Ocular Structures” . Instituição(ões) financiadora(s): Doheny Eye Institute.

Teixeira A ; ARANA, L. A. ; Prashant Bhadri ; Mathew McCormik ; Mark Humayun . Adjustable Universal Cannula Systems and Devices. 2009, Estados Unidos.

Patente: Patente no Exterior. Número do registro: US #61/244, 841, título: “Adjustable Universal Cannula Systems and Devices” . Instituição(ões) financiadora(s): Doheny Eye Institute.

PRÊMIOS

2010 – 1o lugar em trabalho de Oftalmologia Cirúrgica, Conselho Brasileiro de Oftalmologia

2003 – Concurso para Monitor em Oftalmologia – 1o lugar, Faculcade Evangélica do Paraná

2003- 1 lugar – Caso clínico: Correlação entre sinais objetivos e sintomas oculares para o diagnóstico da syndrome seca em pacientes com LES e artrite reumatóide, Faculdade Evangélica do Paraná

Técnicas de tratamento a laser em doenças da retina

Entre as principais doenças da retina está a retinopatia diabética, que atinge cerca de 5% a 6% da população brasileira. Existem cerca de 15 a 20 milhões de pacientes diabéticos no país; desses, quatro milhões de indivíduos (30%) são portadores de retinopatia diabética. Outra doença da retina de alta prevalência é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que acomete cerca de 20% a 35% da população acima de 60 anos de idade.
 Outras patologias da retina mais frequentes são o edema de mácula diabética (EMD), com prevalência global de 21 milhões de pessoas, e a oclusão venosa da retina (prevalência global de 16 milhões). Um dado importante é que a prevalência dessas doenças está associada com o aumento da idade. “Estima-se que a população com mais de 60 anos de idade deva dobrar ate 2030, o que resultará em aumento dessas doenças. Dessa maneira, consultas periódicas com o oftalmologista tornam-se imprescindíveis a partir dos 40 anos”, orienta José Augusto Cardillo, oftalmologista do Serviço de Retina e Vítreo da USP de Ribeirão Preto e do Serviço de Farmacologia Ocular da UNIFESP-EPM. 
“Sabe-se que 8% dos casos de cegueira são consequentes à retinopatia diabética e cerca de 10% dos casos de cegueira legal, ou seja, visão pior do que 20/200 em ambos os olhos, são em decorrência da DMRI”, diz o professor livre-docente de Oftalmologia, Cirurgia de Retina e Vítreo da Universidade Federal de São Paulo, Mauricio Maia, diretor do Serviço de Cirurgia Vitreorretiniana do Instituto Brasileiro de Combate à Cegueira de Assis e Presidente Prudente, SP, ressaltando que a retinopatia diabética deve ser prevenida com o controle rigoroso do diabetes. “Mas sabe-se que tal controle é muito difícil em nosso país, pois cerca de metade de nossa população nem sabe que é portadora de diabetes”, afirma.
Em relação às modalidades existentes para o tratamento dessas doenças, Daniel Lavinsky, professor de Oftalmologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esclarece que atualmente se utiliza a fototerapia a laser, que inclui fotocoagulação a laser e fotoestimulação em doenças como retinopatia diabética proliferativa (fotocoagulação), edema macular diabético e secundário à oclusão venosa, associados ou não à terapia antiangiogênica, e coriorretinopatia serosa central crônica (fotoestimulação). “As aplicações de laser têm o objetivo primordial de evitar a piora da retinopatia e maculopatia, porém com métodos otimizados de fotoestimulação térmica com laser de Pascal ou micropulso pode-se esperar melhora na acuidade visual”, enfatiza.
Na opinião de Maia, a fotocoagulação a laser ainda tem um papel fundamental para o tratamento da retinopatia diabética e, juntamente com os antiangiogênicos, são padrão ouro para o tratamento da doença. “Entretanto, novamente ressalto que o mais importante para evitar a progressão da retinopatia diabética é o controle rigoroso do diabetes, bem como da hipertensão arterial sistêmica, uma comorbidade que está muito frequentemente associada ao diabetes sistêmico”, alerta.
Além das novidades técnicas de Pascal e micropulso, Lavinsky informa que existem métodos mais recentes ainda em fase experimental de terapia seletiva ao epitélio pigmentado, seja com micropulsos (SRT) ou com nanopulsos (2RT). “Essas técnicas consistem na ablação seletiva das células do EPR que se regeneram ou se multiplicam e refazem a barreira hematorretiniana externa, principalmente em casos em que há dano a células do EPR, como CSC e drusas, mas também edema macular diabético”, acrescenta o médico.

Benefícios do tratamento com laser

De acordo com Maia, a efetividade do laser nas doenças da retina é extremamente elevada. Sabe-se que para os pacientes que apresentam edema macular diabético, que são a maioria dos portadores da retinopatia diabética, a utilização do laser macular diminui a perda visual severa dos pacientes em cerca de 30% a 40% da sua chance original. Além disso, o laser também pode ser usado na retinopatia proliferativa através da panfotocoagulação, ou seja, a realização de laser em toda a retina, que evita a progressão da retinopatia proliferativa para casos mais severos de descolamento tracional da retina, preservando a visão dos pacientes. “Várias outras doenças da retina podem se beneficiar da aplicação do laser, como as roturas retinianas, a vasculopatia polipoidal da coroide, além das oclusões venosas da retina”, emenda.
“Na verdade, mesmo na era da ‘farmacomodulação’ com anti-VEGF e anti-inflamatórios em formulação convencional ou em dispositivos de liberação controlada, o laser ainda se faz necessário”, reitera Cardillo, dizendo que o exemplo prático e mais representativo que embasa esta evidência foi obtido do recém-publicado “Estudo T”, que comparou a eficácia e segurança do Eylia® x Lucentis® x Avastin®. “Mesmo em regime de tratamento farmacológico exclusivo nos seis primeiros meses, com reavaliação mensal e seguindo um rígido protocolo de retratamento, 37% dos pacientes tratados com Eylia, 50% com Lucentis e 65% com Avastin, que se apresentavam no baseline com visão de 20/50 ou pior, necessitaram de tratamento adicional ou resgate com laser”, comenta.
O especialista afirma que em pacientes com edema crônico, o prognóstico com qualquer terapia piora muito e torna-se quase imprevisível. Como resultado, nesta situação em específico, ele diz que sempre faz um teste terapêutico inicial com três doses mensais de anti-VEGF. “Aos respondedores mantenho com anti-VEGF terapia, porém, quando assim classifico o paciente como não respondedor, faço opção imediata por tratamento combinado com laser e, neste caso, prefiro a técnica de grid convencional com pulso curto e baixa potência (micropulso ou endpoint management apenas em casos iniciais).” Igualmente, nesta situação clínica, ele considera muito frequentemente, além da combinação com laser, uma possível troca do anti-VEGF por corticoide, por entender que o EMD em fases avançadas é mais responsivo à terapia anti-inflamatória que anti-VEGF.
Segundo Cardillo, o laser assim aplicado de uma forma coagulativa (considerando micropulso e endpoint management como fotoestimulação), porém seletiva, geralmente oferece aos pacientes mais graves um padrão de resposta mais rápida, eficaz, duradoura e igualmente segura. “Nesses casos crônicos, a terapia a laser funcionaria não apenas como um adjunto, reduzindo a necessidade e frequência do anti-VEGF ou corticoide, mas para uma considerável proporção de pacientes como terapia de resgate ou, mais ainda, arrisco dizer como a única opção de terapia disponível (pacientes crônicos respondem muito mal ao uso de anti-VEGF)”, opina. Entretanto, ele se refere ao uso racional do laser, baseado em técnicas seletivas e otimizado para os protocolos de tratamento modernos, “e não à antiga abordagem do EDTRS ou mesmo a técnica do ETDRS modificado por Olk, que ficaram obsoletos com tantas alternativas recentes e sabidamente mais eficazes”, salienta.

Laser de micropulso, Pascal e terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica, segundo Lavinsky, vem sendo cada vez menos utilizada no Brasil devido à dificuldade de obtenção da verterporfirina; contudo ainda tem indicação em algumas situações, entre as quais na coriodopatia polipoidal e em casos crônicos de coriorretinopatia serosa central, principalmente nos refratários à fotoestimulação a laser. Conforme explica Maia, a terapia fotodinâmica consiste no emprego da verterporfirina endovenosa e, após 15 minutos, é realizada a aplicação de laser sobre a região onde se deseja realizar o procedimento. Ele ressalta que a terapia fotodinâmica está indicada nos casos de vasculopatia polipoidal da coroide, nos quais os pólipos estão justafoveolares, os quais se deve aplicar a verterporfirina venosa seguida do laser e, 15 minutos após a aplicação inicial, é entregue a uma potência de 50 milijoules durante 45 segundos sobre a área subfoveal ou justafoveal, denominada laser de meia fluência.
Na retinopatia central serosa crônica que apresenta coroidopatia central serosa na região extrafoveal, o oftalmologista enfatiza que a terapia de escolha é a observação clínica, pois 90% dos pacientes irão melhorar espontaneamente; entretanto, cerca de 10% dos pacientes não melhoram e necessitam da fotocoagulação a laser convencional. De acordo com o médico, em casos refratários de coroidopatia central serosa, para as lesões justafoveais e subfoveais, a terapia que deve ser realizada é a com laser de micropulso, que promove a fotoestimulação da retina e, portanto, não resulta em queimaduras retinianas, estimulando o epitélio pigmentar da retina a drenar (absorver) o líquido subfoveal.
Maia esclarece que o laser de micropulso tem a capacidade de ser entregue em pulsos de microssegundo e, com isso, não aumenta a temperatura da retina e apenas realiza uma fotoestimulação. “Nos casos em que nenhum destes tratamentos está indicado, nos quais os vazamentos subfoveal ou justafoveal estão presentes e a terapia com micropulso não foi efetiva, aí sim a terapia fotodinâmica deve ser realizada com uso da verterporfirina endovenosa associada à metade da fluência, ou seja, 45 segundos a uma potência de 50 milijoules”, salienta.
O especialista revela que o laser de micropulso está indicado atualmente em várias doenças retinianas, mas ainda carece de estudos que padronizem sua aplicação, e hoje é considerado por muitos o padrão ouro para o tratamento da coroidopatia central serosa subfoveal refratária. Uma outra indicação da terapia fotodinâmica (PDT) é em casos refratários de membrana neovascular sub-retiniana, em especial as membranas neovasculares sub-retinianas clássicas que persistem com fluido sub-retiniano após a aplicação de todos os antiangiogênicos. “Nesses casos, a terapia combinada de antiangiogênicos corticoides também está indicada, mas são situações de exceção.”
Já o laser de Pascal consiste na aplicação de vários disparos de laser para fotocoagulação de forma controlada, resultando em menos dor e em sessões mais rápidas ao paciente, cuja queimadura é controlada de forma eletrônica, portanto muito mais moderna. “Esta técnica facilita a realização da panfotocoagulação, tornando o procedimento menos doloroso e mais rápido. Tal tratamento está indicado para retinopatia diabética proliferativa”, explica Maia.

Novas tecnologias de laser

Maia diz que além dessas técnicas existe o laser Navilas, que é um tipo de panfotocoagulação guiada eletronicamente a laser, automatizada e que possui a vantagem da maior precisão, como se a retina fosse “mapeada através de um GPS”. A imagem da retina é colocada num software do computador, os pontos são marcados e o laser aplicado de uma forma mais inovadora, moderna e com muito mais precisão, tendo o beneficio de um laser mais controlado e minimizando a possibilidade de lesões na fóvea e iatrogênicas.
“Há, ainda, a fotocoagulação com laser de diodo, que nos permite a realização da termoterapia transpupilar, ainda muito útil em lesões como melanomas de retina iniciais”, complementa o médico. A termoterapia transpupilar (TTT) usa um laser de diodo por cerca de 60 a 90 segundos na retina coroide, resultando em inibições de coroidianos, como o melanoma maligno da coroide. De acordo com o oftalmologista, o laser de diodo também é o preferencial para o tratamento periférico através da ablação/fotocoagulação dos pacientes que apresentam retinopatia da prematuridade.
O laser de micropulso, segundo o especialista, também pode ser usado para o tratamento das outras doenças edematosas da retina, como o edema macular diabético e o edema macular devido à oclusão de veia central da retina; entretanto, o tratamento para essas patologias não é de primeira escolha, sendo o preferencial a terapia com os antiangiogênicos. “Contudo, pode ser realizada em casos de exceção, como última alternativa terapêutica. Existem vários lasers de micropulsos, sendo que o mais indicado é o laser amarelo, pois possui ‘espectro de absorção macular menor’ e um perfil de segurança teórico mais adequado”, orienta.
O médico destaca que, em geral, o tratamento atual para as doenças edematosas da retina é realizado com os antiangiogênicos intravítreos ou corticoides, de acordo com a etiologia, e que as novas terapias de fotocoagulação da retina estão cada vez menos agressivas, poupando tecido retiniano e levando a menos dor durante a terapia. “Novas tecnologias estão cada vez mais modernas e a tendência do laser de micropulso, que resulta numa fotoestimulação da retina e não coagulação, é de que a terapia seja expandida, os parâmetros para as doenças específicas sejam mais bem determinados e o tratamento seja realizado com indicações mais precisas no futuro”, finaliza Maia.